O homem e a mulher que supostamente escravizaram três mulheres durante 30 anos em Londres foram líderes maoístas nos anos 70, segundo revelou a BBC hoje (25).
A Scotland Yard não quis comentar o passado político do casal, mas disse anteriormente que duas das vítimas conheceram o suspeito "mediante uma ideologia política compartilhada". Os maoístas seguem os pensamentos de Mao Tse Tung, líder da revolução que implantou o sistema comunista na China.
Além disso, a polícia disse que o casal foi preso nos anos 70, mas sem precisar o motivo ou suas identidades.
O casal, o indiano Aravindan Balakrishnan e sua mulher tanzaniana Chanda, foi detido na quinta-feira passada, após uma investigação que libertou as três escravas.Um site sobre a história das organizações marxistas afirma que Balakrishnan, de 73 anos, foi um alto membro do Partido Comunista da Inglaterra (marxista-leninista), mas foi suspenso em 1974 por "atividades conspiratórias e divisoras".
Também explica que Balakrishnan, o "Companheiro Bala", foi detido em 1978 com sua mulher quando a polícia tentou fechar um centro maoísta no bairro londrino de Brixton, sul.
Aparentemente, os dois eram destacados ativistas do Mao Zedong Memorial Centre, que nos anos 70 foi inspecionado pela polícia em uma operação na qual cinco pessoas foram detidas, entre elas os supostos sequestradores das três mulheres.
A Scotland Yard, que não confirmou nem negou os nomes do casal, informou hoje que a idade do homem suspeito é 73 anos e não 67, como se informou na semana passada, e que a investigação foi ampliada para treze domicílios na capital.
As três mulheres -uma malaia de 69 anos, uma irlandesa de 57 e uma britânica de 30- foram espancadas e sofreram lavagem cerebral, segundo declarou a polícia britânica.