Sete homens acusados de conspiração para explodir a Torre Sears, em Chicago, e o prédio do FBI em Miami, caíram na armadilha de uma informante federal, disseram os advogados de dois dos suspeitos, nesta segunda-feira.
A acusação protocolada na semana passada alegou que os homens prometeram lealdade à Al-Qaeda, de Osama bin Laden, e procuraram o apoio do grupo para "empreender uma guerra" contra o governo dos EUA.
A pessoa que eles pensavam se tratar de um representante da Al-Qaeda era, na verdade, um informante do FBI, disseram autoridades do Departamento de Justiça dos EUA.
Albert Levin, o advogado apontado pelo tribunal para defender o suspeito Patrick Abraham, disse acreditar que seu cliente foi ludibriado pelo informante.
Houve "muita conversa por parte do informante e o acusado e ou acusados mais ouviram", disse Levin ao apresentador do canal Fox News, Bill O'Reilly.
Nathan Clarke, advogado de outro suspeito, Rotschild Augustine, concordou.
- Com relação ao meu cliente, a partir do que eu pude ler na acusação, será uma questão de haver ou não provas suficientes para sustentar o ônus da prova com relação à condenação - afirmou Clarke. - Se por acaso houver um traço disso, então, certamente, se tratará da questão da armadilha. O fato se deu por quase oito meses, de acordo com a acusação e, ao fim da acusação, diz-se que a coisa ficou desorganizada e que ninguém havia jamais feito nada.
Abraham, Augustine e três outros homens presos na quinta-feira em Miami compareceram brevemente a um tribunal, na sexta-feira.
Outro suspeito preso em Atlanta fez seu primeiro comparecimento na sexta-feira. O sétimo suspeito, preso na região de Miami no começo da semana passada por violação da liberdade condicional, deve comparecer ao tribunal na quarta-feira.