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Uma investigação do Shin Bet (agência de segurança de Israel), da polícia e das Forças de Defesa do país (FDI) resultou na prisão de vários suspeitos para que prestem depoimento sobre um suposto vazamento de informações confidenciais do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Segundo informações dos jornais The Times of Israel e The Jerusalem Post, o juiz Menachem Mizrahi, do Tribunal de Magistrados de Rishon Lezion, disse num comunicado nesta sexta-feira (1º) que os investigadores suspeitam que esse vazamento teria prejudicado a realização de objetivos de guerra de Israel.
O Canal 12 informou que tais objetivos estariam relacionados a um possível acordo para a libertação de reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Segundo a emissora, os suspeitos teriam vazado e distorcido seletivamente documentos do Hamas, obtidos pelas FDI, sobre a estratégia do grupo terrorista nas negociações.
Esse vazamento foi a base de duas reportagens, publicadas pelo jornal alemão Bild e pelo britânico The Jewish Chronicle.
O número de suspeitos presos, seus nomes e cargos não foram divulgados. Segundo o Times of Israel, o gabinete de Netanyahu disse num comunicado que ninguém da equipe do premiê foi detido. Porém, o jornal destacou informações de analistas de que assessores que trabalham para o primeiro-ministro não são formalmente empregados pelo gabinete.
O site Ynet informou que um dos presos seria um porta-voz que trabalhava para o gabinete de Netanyahu sem ser funcionário formal.
A oposição responsabilizou o premiê pela segurança das informações do seu gabinete. “O primeiro-ministro já está tentando, como sempre, se distanciar do caso e atribuir a responsabilidade aos outros, mas os fatos são o oposto: ele é pessoalmente responsável por cada papel, palavra ou informação que sai do seu gabinete”, escreveu no X o oposicionista Yair Lapid, ex-premiê de Israel.