As Forças Armadas de Israel suspenderam, ao meio-dia desta quinta-feira, o embargo aéreo imposto ao Líbano há cerca de oito semanas, informou o escritório do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. O bloqueio marítimo, no entanto, continua em vigor até a chegada dos efetivos da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) à costa.

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O fim do embargo foi marcado com o pouso, no aeroporto internacional de Beirute, de um vôo da empresa aérea libanesa Middle East Airlines, originário de Paris, com 150 passageiros a bordo. Apesar de animados com a notícia do fim do bloqueio, os libaneses continuavam preocupados.

- Estou perdida, como muita gente - disse a desempregada Dania Atrouni, de 25 anos. - Espero que isso signifique o fim da guerra no Líbano... Mas não acredito mais que nada de ruim acontecerá.

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Segundo autoridades, o bloqueio trouxe enormes prejuízos para o país.

- O impacto direto do bloqueio, somente na atividade comercial, é estimado em cerca de US$ 45 milhões por dia - disse o ministro das Finanças, Jihad Azour. - O impacto é maior do que isso em termos de atividade de turismo e em diversos outros setores.

O ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier, deverá chegar ao Líbano ainda nesta quinta-feira com quatro especialistas em fronteiras e aduana para auxiliar as autoridades libanesas no aeroporto de Beirute. Um porta-voz da embaixada alemã disse, no entanto, que ainda não está claro como será o contato dos especialistas com a força de manutenção de paz montada para manter a frágil trégua entre Israel e os guerrilheiros do Hezbollah. A Alemanha pretende mandar mais cinco especialistas para a região.

O governo de Israel decidiu acabar com o bloqueio depois que a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disseram ao primeiro-ministro Ehud Olmert que as forças internacionais estavam prontas para assumir os postos de controle nos portos marítimos e aeroportos do Líbano.

Israel bombardeou o aeroporto de Beirute e radares na costa, além de impedir a entrada de navios nos portos, um dia depois de o Hezbollah capturar dois de seus soldados numa ação na fronteira no dia 12 de julho.

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