Londres - Uma carta divulgada ontem pelo Parlamento britânico reacendeu o escândalo das escutas telefônicas feitas pelo jornal News of the World e pode obrigar James Mur­­doch, filho do magnata da mídia Rupert Murdoch, a voltar a depor aos parlamentares.

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Um ex-chefe de comunicação do primeiro-ministro, David Ca­­meron, também é implicado. A car­­ta foi escrita há quatro anos por Clive Goodman, repórter que cobria a família real no tabloide.

O jornal era o mais vendido no país até ser fechado em 7 de julho, após ficar provado que seus profissionais acessavam ilegalmente a caixa postal de celebridades e vítimas de crimes.

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Goodman diz que a prática de grampos era discutida nas reuniões de editores do jornal até o as­­sunto ser vetado por Andy Coulson, editor-chefe entre 2003 e 2007.

O repórter diz ainda que Coulson prometeu recontratá-lo se não implicasse nenhum executivo do jornal no processo sobre os grampos.

Em 2007, Goodman foi condenado por ouvir mensagens de funcionários da realeza. Os Murdoch e Coulson dizem que não sabiam dos grampos.

Coulson deixou o NoW em 2007. Depois, foi trabalhar com Cameron no Partido Conserva­­dor. Após a eleição de 2010, tornou-se secretário de comunicação do governo.

Tom Wat­­son, do Partido Tra­­balhista, diz que a carta deixa claro que os executivos do jornal não apenas sabiam dos grampos como quiseram es­­conder o caso, enganar a Justiça e mentir para o Parlamento.

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