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Ásia

Tailandeses pedem dissolução do Parlamento

Cerca de 10 mil pessoas contrárias ao governo da Tailândia ocuparam o centro commercial da capital do país, Bangcoc, fazendo com que um importante shopping center baixasse as portas. Os manifestantes disseram que não sairão do local enquanto o primeiro-ministro não dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. O número total de manifestantes, incluindo os que participam de protestos em outras partes da cidade, alcança quase 55 mil, segundo a polícia.

O governo ordenou que o grupo deixe o local antes do final do dia. Esta é quarta semana de manifestações realizadas em Bangcoc pelo Camisas Vermelhas. O grupo ocupa uma área na cidade que abriga hotéis de elite e shopping centers como estratégia para que o primeiro ministro, Abhisit Vejjajiva, atenda à demanda, depois de não terem conseguido tirá-lo do governo por marchas pacíficas e negociações.

O porta-voz do governo, Panithan Wattanayakorn, disse que policiais estão sendo enviados para negociar com os manifestantes e deu a eles um prazo até a noite de hoje para sair da região. Ele não especificou o que será feito pelas autoridades se os manifestantes se recusarem a sair, mas afirmou que não serão utilizadas armas.

"Se o governo quer nos prender, terá de prender cada um de nós", disse Veera Musikapong, que faz parte da liderança do movimento, indicando que vão permanecer indefinidamente nos locais em que estão. Os manifestantes estão acampados desde 12 de março no centro histórico de Bangcoc. Hoje, cantam a frase "Dissolva o Parlamento" ao som de tambores nas áreas ocupadas.

Na manhã de hoje, manifestantes rodearam um Porsche e quebraram as janelas do carro, depois que o veículo ameaçou ir em direção aonde as motocicletas do grupo estavam estacionadas. Policiais protegendo o hotel InterContinental disseram que o veículo atingiu um hidrante.

O policial que encontrou uma arma no carro identificou o motorista como sendo Thanat Thanakitamnuay, neto de um empresário proeminente e ex-vice-primeiro-ministro Amnuay Viravan. "Isto é o que está errado com este país. Um homem rico pode dirigir contra manifestantes e sair ileso", disse Sakda, um operário do subúrbio de Bangcoc.

Os Camisas Vermelhas apoiam o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra e ativistas pela democracia que se opõem ao golpe militar de 2006 que o tirou do poder.

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