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Batalha diplomática

Tailândia extradita para os EUA o “mercador da morte”

Viktor Bout é acusado de tráfico de armas para ditadores da África e Oriente Médio | Sukree Sukplang/Reuters
Viktor Bout é acusado de tráfico de armas para ditadores da África e Oriente Médio (Foto: Sukree Sukplang/Reuters)

Bangcoc - Após quase três anos de uma batalha judicial e diplomática que reavivou rivalidades da guer­­ra fria, a Tailândia extraditou on­­tem para os Estados Unidos o su­­posto traficante de armas russo Viktor Bout, 43 anos, ou o "mercador da morte". Bout foi embarcado ainda de ma­­drugada, no aeroporto de Bancoc, em um voo fretado pelos EUA na companhia de oito funcionários americanos, lo­­go após sua extradição ser autorizada pelo premiê local, Abhisit Vej­­jajiva. Sua chegada a um aeroporto não revelado dos EUA estava prevista para ocorrer no final da noite de ontem.

O ex-oficial da Força Aérea da União Soviética responderá pelas acusações de tráfico de armas desde os anos 90 para ditadores e várias áreas de conflitos na África e Oriente Médio. Ele teria utilizado suas relações para comprar, a preços menores, arsenais e armas de ex-repúblicas soviéticas ou de aliados de Moscou depois da queda da potência comunista e re­­vendê-los. Se condenado pela Jus­­tiça dos EUA, Bout pode ser sentenciado à prisão perpétua. Bout foi preso em um hotel de luxo de Bancoc em março de 2008, após uma operação conjunta entre EUA e Tailândia que si­­mulou uma tentativa de compra de ar­­ma­­men­­to por um falso integrante das Forças Armadas Revo­­lucionárias da Colômbia (Farc).

O suposto traficante russo, que por anos violou sanções da ONU e dos EUA contra suas transações e viagens, nega as acusações e as qualifica de "fantasia americana". Bout inspirou o personagem do filme O Senhor das Ar­­mas (2005), protagonizado pelo ator Nicholas Cage.

A decisão de Ban­­coc pela extradição foi precedida de intensas pressões diplomáticas tanto dos Estados Unidos como da Rússia, que queria a volta do ex-oficial so­­viético a Moscou.

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