Manifestantes protestam em frente à Casa do Governo da Tailândia| Foto: REUTERS/Chaiwat Subprasom

Manifestantes voltaram às ruas da Tailândia neste sábado (29) para protestar contra o governo, em nova tentativa de pressionar pela renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e atrapalhar os planos da líder de convocar novas eleições. O protesto ocorre depois de um período de calmaria em termos de marchas contra o governo e em meio à crescente preocupação com atos de violência entre opositores e apoiadores de Yingluck.

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Neste sábado (29), milhares de pessoas marcharam a partir do parque Lumpini, no distrito financeiro central da capital Bangcoc, ao centro histórico da cidade para exigir do governo que ceda o poder para um conselho interino nomeado que, conforme os opositores, promoveria reformas anticorrupção antes de novas eleições. Uma granada explodiu quando os manifestantes passavam pelo escritório do Ministério das Relações Exteriores, danificando dois carros, mas ninguém se feriu, conforme a polícia tailandesa.

Um grupo composto por centenas de manifestantes invadiu o complexo do escritório da primeira-ministra, a Casa do Governo, em uma demonstração simbólica de provocação. Mas o complexo já havia sido abandonado por funcionários do governo desde que os protestos começaram.

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A marcha foi a primeira grande manifestação desde que o Tribunal Constitucional da Tailândia declarou, no dia 21 de março, a anulação dos resultados das eleições gerais do mês passado, decisão comemorada pelos manifestantes e criticada pelos apoiadores de Yingluck. Autoridades eleitorais afirmam que levará pelo menos três meses até que uma nova votação seja realizada, prolongando a paralisia política da Tailândia.

Na segunda-feira (31), Yingluck deve submeter a sua defesa à Comissão Nacional Anticorrupção por um processo que seus apoiadores afirmam ter motivações políticas. Se a comissão decidir indiciar Yingluck e enviar o caso para o Senado para um processo de impeachment, apoiadores do governo prometeram se mobilizar em sua defesa. Yingluck é acusada de falhas na administração do programa de subsídio do governo aos produtores de arroz.