2 anos de prisão foi a condenação de Thaksin Shinawatra, irmão da primeira-ministra, que pode escapar da sentença graças a uma lei de anistia. A possibilidade de se livrar da pena foi o estopim para os opositores saírem às ruas. Enquanto massas pobres são leais a Thaksin, as elites de Bancoc o consideram uma ameaça para a monarquia.
A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, superou ontem uma moção de censura no Parlamento, garantindo-se no cargo. O voto de confiança, no entanto, pode aumentar a tensão e os protestos dos opositores, que desejam sua renúncia.
A consulta aos parlamentares, convocada pelos rivais do Partido Democrata, acontece em meio ao aumento das manifestações iniciadas em outubro. Desde o fim de semana, opositores ocuparam prédios do governo contra a primeira-ministra e seu irmão, Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 após um golpe de Estado.
A permanência oficial de Yingluck no cargo foi garantida com 297 votos favoráveis, 134 contrários, duas abstenções e cinco faltas. O voto de confiança teve o apoio da maioria governista, concentrada no partido Puea Thai, que derrubou a moção de censura da oposição.
Apelo
Depois da votação, a primeira-ministra fez um discurso em cadeia de rádio e televisão para pedir à oposição que negocie e dê fim aos protestos. "O governo não quer entrar em nenhum jogo político porque acreditamos que isso fará com que a economia se deteriore."
Ela também criticou os manifestantes por ocupar os prédios estatais. Para a chefe de governo, as ações são simbólicas, mas não significam a paralisação dos trabalhos da administração nacional. Desde segunda, o Ministério da Justiça foi ocupado e as sedes de outras pastas cercadas por milhares de opositores.
Ontem os manifestantes cortaram a energia elétrica da sede da polícia nacional, um dia após invadirem o prédio da divisão de investigação policial. Quase mil manifestantes estavam reunidos diante do edifício, o que impedia o tráfego em uma das áreas mais movimentadas da capital Bancoc.
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