O Ministério da Defesa de Taiwan denunciou nesta segunda-feira (26) a presença de 71 aeronaves chinesas nas imediações da ilha, em uma mobilização aérea sem precedentes na região. Entre os aparelhos detectados, 47 aviões do exército da China, dos quais, a maioria caças de combate, cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan, que é uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipei e Pequim nas últimas décadas.
A fronteira, contudo, vem sendo cruzada constantemente nos últimos meses pelas forças chinesas, durante manobras militares. Nas manobras recentes, ainda foi registrada a incursão de sete navios militares chineses entre a manhã de domingo e a manhã desta segunda (horário local).
Segundo Taiwan, as forças locais acompanharam a situação com patrulhas de combate aéreas e navais, além de sistemas de mísseis em terra, para tentar obrigar a batida em retirada das aeronaves chinesas da Zona de Identificação de Defesa Aérea taiuanesa, que não está definida em tratado internacional e não equivale a seu espaço aéreo.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, afirmou, durante um evento com militares nesta segunda que, "quanto mais unidos estejam os taiuaneses, mais seguros ficarão". Ela ainda garantiu que seguiria trabalhando para "defender a democracia, a liberdade e a segurança" da ilha. A chefe de governo convocou uma reunião de segurança de alto nível para a terça-feira (27), como forma de "reforçar o sistema de defesa" local.
O Ministério da Defesa da China, por sua vez, notificou a realização neste domingo (25) de "práticas de bombardeio" e "patrulhas de alerta" nas áreas marítimas e aéreas ao redor de Taiwan, sem se referir aos movimentos detectados pelas autoridades da ilha. A pasta ainda garantiu que suas tropas "tomarão qualquer medida necessária para proteger a soberania nacional e a integridade territorial" chinesa
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