A Defesa de Taiwan detectou nesta quarta-feira (15) novas atividades da China ao redor da ilha a menos de uma semana da posse de Lai Ching-te como novo presidente, em 20 de maio. O político é considerado um "separatista perigoso" por Pequim.
Ao todo, 45 aviões e seis embarcações foram identificados nos arredores de Taiwan, segundo informações do Ministério da Defesa. O número é reconhecido como o mais alto em um período de 24 horas neste ano.
"Vinte e seis dessas aeronaves atravessaram a linha mediana do Estreito de Taiwan", comunicou a pasta por meio de uma nota, em referência a uma linha imaginária que divide a hidrovia de 180 quilômetros da China continental.
Um dia antes, nesta terça (14), a Defesa taiwanesa já havia informado sobre a presença de outras 23 aeronaves chinesas, incluindo caças e drones.
China anuncia medidas repressivas contra separatistas
Ainda nesta quarta (15), o porta-voz do Gabinete para Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, Chen Binhua, afirmou durante uma coletiva de imprensa que está “preocupado com a posição intransigente do Partido Democrático Progressista (DPP) relativamente à independência”.
Com isso, Pequim anunciou a criação de medidas legais para "punir severamente as pessoas envolvidas em atividades separatistas e que incitam à divisão do país”, afirmou o representante do regime, se dar detalhes do tipo das novas ações contra os defensores da independência da ilha.
Ainda na coletiva, o porta-voz afirmou que o separatismo “trai o bem-estar nacional e desvia o desejo do povo”, colocando em risco a “soberania, segurança e os interesses de desenvolvimento” do país [China].
Pequim tem aumentado sua pressão política e militar nos últimos anos sobre a ilha, que se governa de forma independente desde 1949, quando o exército nacionalista se refugiou no local após perder a guerra civil contra os comunistas.
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