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Crescente preocupação

Taiwan detecta maior número de incursões chinesas em um dia desde outubro de 2021

Militares da Marinha de Taiwan de guarda durante cerimônia no porto de Suao, em Yilan (Foto: EFE/EPA/RITCHIE B. TONGO)

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Um total de 56 aviões militares chineses cruzaram a linha média do Estreito de Taiwan ou entraram na autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan, o que representa o maior número de incursões em um único dia na região desde outubro de 2021, informou nesta quinta-feira (11) o governo da ilha.

O Ministério da Defesa Nacional (MND) taiwanês informou que 17 dessas aeronaves passaram sobre a linha divisória entre os dois lados do Estreito, uma fronteira não oficial que foi respeitada por Taipé e Pequim por décadas.

Outros 39 aviões sobrevoaram as regiões sudoeste e sudeste da autoproclamada ADIZ entre as 6h de quarta-feira (19h de terça-feira em Brasília) e as 6h de quinta-feira (19h de quarta-feira em Brasília).

As 56 incursões relatadas igualam o recorde estabelecido em 4 de outubro de 2021, quando outras 56 aeronaves chinesas violaram a ADIZ, embora naquela ocasião tenham passado a uma distância maior da ilha principal de Taiwan.

Durante essas últimas manobras, aeronaves militares e drones chineses passaram a 133 quilômetros da cidade de Keelung, no norte, onde está localizada uma base militar, e chegaram a apenas 61 quilômetros do cabo Eluanbi, na ponta sul de Taiwan, de acordo com o ministério.

"As Forças Armadas da República da China (nome oficial de Taiwan) monitoraram a situação e empregaram jatos de combate, navios da Marinha e sistemas de mísseis costeiros em resposta às atividades detectadas", diz a nota divulgada pela pasta.

As tensões entre Taipé e Pequim aumentaram desde a posse do pró-independência William Lai (Lai Ching-te), considerado um "combatente da independência" e um "causador de problemas" pelas autoridades do regime de Pequim, como o novo presidente de Taiwan em 20 de maio.

Desde então, o Ministério da Defesa Nacional taiwanês detectou um total de 939 aeronaves militares chinesas operando ao redor da ilha, das quais 701 cruzaram a linha divisória do Estreito ou violaram a autoproclamada ADIZ de Taiwan, uma média de quase 15 incursões por dia.

O mandatário taiwanês ofereceu diálogo com o regime chinês em várias ocasiões, com base no fato de que a República Popular da China e a República da China "não são subordinadas uma à outra", mas a abordagem foi rejeitada categoricamente por Pequim, que considera a ilha parte de seu território e uma província rebelde.

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