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A presidente de Taiwan, Tsai Ing-we
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-we| Foto: EFE/EPA/RITCHIE B. TONGO

Uma promotoria de Taiwan indiciou duas pessoas suspeitas de usar dinheiro vindo da China para financiar a campanha de um candidato que seria pró-unificação nas eleições locais de 2022. Os acusados negam as acusações e afirmam que não têm vínculos com o regime chinês.

Segundo a promotoria de Nova Taipéi, que realizou as acusações, um homem taiwanês e uma mulher chinesa teriam transferido cerca de 100 mil yuans (R$ 68,5 mil reais) para a conta da irmã de um candidato a vereador do Partido Trabalhista de Taiwan, que defende a unificação com a China comunista, identificado como Wang Cheng.

Tal dinheiro teria sido usado, segundo a acusação, para comprar material de propaganda eleitoral para Wang, que concorreu ao cargo de vereador no distrito de Nueva Taipéi, mas não foi eleito. A lei taiwanesa proíbe que candidatos recebam doações de fontes estrangeiras, especialmente da China, que considera Taiwan como parte de seu território.

A promotoria alega que a mulher chinesa, identificada como Dong Dachi, é membro de uma organização juvenil que recebe apoio financeiro do Partido Comunista da China (PCCh), o que a torna uma “fonte de infiltração” aos olhos da legislação local.

O homem taiwanês, identificado como Sun Chih-chuan, é vice-diretor de uma entidade que promove o desenvolvimento da juventude chinesa em Taipéi. Ele disse que apenas emprestou dinheiro a Wang, sem saber da origem dos fundos. Dong, por sua vez, afirmou que só trocou dinheiro com Sun, sem envolvimento político.

De acordo com informações da Agência EFE, os dois foram indiciados por violação da Lei Anti-Infiltração e da Lei de Doações Políticas de Taiwan, que podem resultar em penas de até cinco anos de prisão para cada.

Taiwan tem acusado a China de tentar interferir em seus processos eleitorais, apoiando candidatos favoráveis à unificação ou espalhando notícias falsas.

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