O Exército de Taiwan iniciou nesta terça-feira manobras com fogo real para colocar em teste a capacidade defensiva das suas forças militares, diante de uma possível invasão da China.
As atividades começaram no mesmo dia em que Pequim prolongou pelo sexto dia os exercícios militares no entorno da ilha, que foram iniciados na última quinta-feira.
Os testes anuais de artilharia pesada anunciados por Taiwan estão acontecendo no campo de treinamento de Fenggang, no sul da ilha, de acordo com a agência de notícias "CNA".
Na área de atividades, que abrange um quilômetro da costa de Fenggang, simula o modo de combate defensivo com que as forças taiwanesas buscariam bloquear um avanço inimigo no mar.
A zona de exercícios não se "sobrepõe em absoluto" com a utilizada nos dias anteriores pelo Exército Popular de Libertação (o exército chinês), segundo afirmou Lou Weijie, diretor de Política de Guerra do Exército taiwanês.
A crise entre Taiwan e China teve origem com a visita à ilha, na semana passada, da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, que rendeu promessa de represálias de Pequim.
O ministro das Relações Exteriores da ilha, Wu Zhaoxie, pediu, em entrevista coletiva, que todos os países que "amam a liberdade e a democracia", que trabalhem juntos e discutam uma maneira conjunta de enfrentar as "ações e métodos da China contra Taiwan".
"A China está tentando converter o Estreito de Formosa em um mar interno, negando o status quo, de que é uma via fluvial internacional, afetando o direito da comunidade internacional a liberdade de navegação", indicou o chanceler.
Mais cedo, o exército chinês anunciou que prolongaria pelo sexto dia as manobras militares "por mar e ar, orientadas ao combate", que estão sendo realizadas no entorno de Taiwan, inicialmente, previstas para terminar no domingo.
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