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Militares taiwaneses durante visita do presidente recém-empossado, William Lai (Lai Ching-te),, a uma base militar em Taoyuan
Militares taiwaneses durante visita do presidente recém-empossado, William Lai (Lai Ching-te),, a uma base militar em Taoyuan| Foto: EFE/EPA/RITCHIE B. TONGO

As autoridades de Taiwan aumentaram a vigilância no território após prenderem nesta semana um ex-capitão da marinha chinesa que entrou ilegalmente na ilha.

O homem, de sobrenome Ruan, foi detido no domingo (9) pela guarda costeira, depois que seu barco colidiu com outras embarcações em um terminal de balsas no rio Tamsui, na região norte. Antes disso, ele teria conduzido o navio até um porto próximo à foz do rio.

O intruso alegou às autoridades taiwanesas que é um capitão aposentado da Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês, segundo informações do ministro do Conselho de Assuntos Oceânicos, Kuan Bi-ling, desta terça.

Ruan teria dito que queria desertar para Taiwan depois de fazer comentários críticos ao regime de Pequim em aplicativos de mensagens.

Após a incursão, o primeiro-ministro Cho Jung-tai disse que Taiwan intensificou as medidas de segurança nacional. “A segurança nacional não pode ser negligenciada nem por um minuto”, disse ele, acrescentando que as unidades de segurança foram instruídas a “fortalecer imediatamente as medidas de proteção”.

Ainda, o Ministro da Defesa Nacional, Wellington Koo, afirmou que se reuniu com a Administração da Guarda Costeira (CGA), uma vez que o barco teve acesso a um dos portos do país.

“A defesa do estuário do rio Tamsui seria fundamental no envio de tropas durante a guerra. No entanto, em tempos de paz, a guarda costeira e os militares trabalham em conjunto para proteger as nossas águas territoriais. A guarda costeira utiliza o seu sistema de radar inter-shore para regular as atividades marítimas e os militares servem como apoio”, disse Koo.

O ministro não descartou que a incursão faz parte de uma estratégia da China para testar o sistema de defesa da ilha.

“Já incluímos a guerra na zona cinzenta nos nossos exercícios anuais de mesa. Precisamos de averiguar se este incidente faz parte das táticas persistentes da China na zona cinzenta e permanecer em alerta máximo para tal possibilidade. Também estudaremos como lidar com a entrada não autorizada de um único navio chinês”, afirmou.

Não é a primeira vez que Taiwan sofre incursões da China. No ano passado, ocorrem 18 incidentes nesse sentido.

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