São Paulo Um dia após assumir a autoria de uma tentativa de atentado contra o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, o Taleban (grupo que controlava 90% do Afeganistão até 2001, quando foi deposto por ação militar dos EUA na invasão ao país) anunciou o envio de mil terroristas suicidas para o do norte país em uma nova ofensiva.
Cheney, que voltou aos EUA ontem via Omã, teve de ser levado a um abrigo antibombas após o ataque. Ele não chegou a sofrer risco direto no atentado, que deixou ao menos 14 mortos em uma base militar americana no Afeganistão.
O envio de terroristas para o norte do país, região relativamente calma, eleva os temores quanto ao fortalecimento do Taleban, que continua empreendendo uma batalha por poder contra as forças estrangeiras no Afeganistão sobretudo no sul. Os Estados Unidos e vários membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos EUA), sob a chefia do Reino Unido, estão enviando mais tropas para o país para responder ao recrudescimento da ofensiva dos rebeldes islâmicos. Os EUA, porém, se negam a admitir um fortalecimento do Taleban, e dizem que o ataque contra Cheney não passou de um "incidente isolado".
O ano passado foi o mais violento no país desde a invasão dos EUA, em 2001. A ação militar ocorreu depois que o governo Taleban recusou-se a entregar ao governo americano o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.