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O movimento fundamentalista Taleban declarou nesta segunda-feira (26) que os Estados Unidos e seus aliados da Otan fugirão do Afeganistão assim como fez a União Soviética e advertiu que este não é um país no qual os invasores possam sobreviver.

Em mensagem divulgada por ocasião do 32º aniversário da invasão soviética, que no calendário ocidental é nesta terça (27), os talibãs destacaram que "os invasores atuais já têm a intenção de se retirar do Afeganistão para salvar sua pele mediante a fuga".

"Se for observada a sequência dos eventos, fica claro como água que o Afeganistão não é um país no qual os invasores podem sobreviver ou se instalar", afirmaram os fundamentalistas.

O movimento Taleban denunciou que "três décadas depois da invasão do Exército Vermelho, os afegãos continuam sofrendo as consequências do pós-guerra" e defendeu a luta contra as forças da Otan presentes no território.

A resistência afegã à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) nos anos 1980 era formada por diversas facções mujahedins, que receberam apoio econômico e logístico dos Estados Unidos, Paquistão e Arábia Saudita.

Em 1989, após quase uma década de ocupação e milhares de soldados mortos, os soviéticos se retiraram do Afeganistão e começou no país uma sangrenta guerra civil entre as facções mujahedins.

No meio desta disputa emergiram os talibãs, que em 1996 tomaram Cabul e depois implantaram gradualmente seu regime fundamentalista em quase todo o território afegão.

Depois dos atentados de 11 de setembro perpetrados pela Al Qaeda, os talibãs se negaram a entregar Osama bin Laden - morto em maio desse ano no Paquistão -, que se escondia em seu território, e os EUA decidiram invadir o Afeganistão com o apoio da comunidade internacional.

As tropas americanas derrubaram rapidamente ao regime do mulá Omar, mas na última década os Talebans foram recuperando terreno e a guerra afegã está atualmente em um de seus momentos mais violentos desde seu início, em 2001.

Em julho, as forças da Otan também começaram a se retirar progressivamente do Afeganistão e a transferir o controle da segurança ao Exército e à Polícia afegãos.

Este processo deve terminar em 2014, caso se cumprem os prazos previstos.

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