Ghazni, Afeganistão Duas reféns sul-coreanas mantidas pela milícia fundamentalista islâmica Taleban foram libertadas e entregues ontem a agentes do comitê internacional da Cruz Vermelha (CICV), no primeiro avanço significativo da crise de reféns iniciada há quase um mês.
As duas mulheres, que começaram a chorar assim que viram os agentes da Cruz Vermelha, saíram de um carro dirigido por um líder tribal e entraram num veículo da entidade humanitária.
Elas não conversaram com os jornalistas que as aguardavam. A imprensa foi alertada sobre o local onde as reféns seriam entregues à Cruz Vermelha por um porta-voz do Taleban. As reféns foram entregues aos agentes numa estrada dez quilômetros a sudeste de Ghazni.
O Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul identificou as mulheres soltas como Kim Kyung-ja e Kim Ji-na. Segundo a imprensa sul-coreana, elas têm 37 e 32 anos de idade, respectivamente.
Depois de libertadas, as duas foram levadas a uma base militar dos Estados Unidos em Ghazni, onde soldados americanos as revistaram e permitiram que entrassem. Elas vestiam véus e levavam consigo mochilas.
As mulheres, que segundo o Taleban estariam doentes, estavam entre os 23 religiosos sul-coreanos seqüestrados pela milícia em 19 de julho. O episódio de ontem representou o primeiro avanço desde o início da crise. Dois reféns foram executados nas primeiras semanas de seqüestro.
Com a libertação das duas sul-coreanas, 19 reféns sendo 14 mulheres e cinco homens continuam nas mãos do Taleban na província afegã de Ghazni, onde ocorreu a libertação de ontem.
Qari Yousef Ahmadi, que identifica-se como porta-voz do Taleban em contatos com a imprensa, disse que as duas foram soltas em parte por estarem doentes e em parte por causa das negociações diretas entre líderes talebans e representantes do governo da Coréia do Sul iniciadas na última sexta-feira.
"Elas foram soltas pelo bem das boas relações entre o povo coreano e o Taleban", disse ele. "Enquanto persistirem as negociações não haverá ameaças aos demais reféns sul-coreanos. Estamos esperando os resultados dessas negociações. Depois das negociações, a liderança do Taleban decidirá o que fazer com esses 19 reféns coreanos", prosseguiu.
A milícia exige a libertação de 21 militantes detidos em prisões afegãs. O governador de Ghazni, Marajudin Pathan, descartou a hipótese de troca de prisioneiros com o Taleban.
O governo afegão recusa-se a libertar prisioneiros por temer fomentar os seqüestros. Na semana passada, Pathan chegou a sugerir que o seqüestro poderia ser solucionado mediante pagamento de resgate.
O governo sul-coreano confirmou a libertação e informou que ambas estão protegidas e em local seguro. Seul exigiu que os demais reféns também sejam libertados.
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