Soldado talibã em Cabul: grupo extremista vem retomando as normas que impôs no Afeganistão durante seu primeiro governo, entre 1996 e 2001| Foto: EFE/EPA/SAMIULLAH POPAL
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O governo extremista do Talibã decidiu voltar a impor uma regra que já vigorou no Afeganistão até 2001, quando foi retirado do poder pelas tropas dos Estados Unidos: uma lei que proíbe a imprensa local de publicar imagens de seres vivos.

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Segundo informações da agência France-Presse (AFP), o Ministério da Moralidade disse, ao anunciar a norma nesta segunda-feira (14), que ela será aplicada “gradualmente” e a princípio terá o caráter de orientação.

“A coerção não terá vez na implementação da lei”, disse o porta-voz da pasta, Saiful Islam Khyber, à AFP. “É apenas uma orientação, e [o governo deve] convencer as pessoas de que essas coisas são realmente contrárias à sharia [lei islâmica] e devem ser evitadas.”

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A medida faz parte de uma nova lei de comunicações, que também proíbe que os órgãos de imprensa “zombem ou humilhem o islamismo” ou contradigam a lei islâmica e orienta para que a população em geral não faça ou olhe imagens de seres vivos em celulares e outros dispositivos.

Desde a sua volta ao poder, em 2021, o Talibã vem retomando as normas que impôs no Afeganistão durante seu primeiro governo, entre 1996 e 2001, principalmente a repressão às mulheres.

A população feminina é atingida por proibições como a de estudar além do sexto ano e falar em público, esta anunciada em agosto.