Talibã inspeciona local de atentado no Afeganistão na sexta-feira: porta-voz disse que país tem como lidar com o Estado Islâmico sem cooperação americana| Foto: EFE/EPA/STRINGER
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Representantes dos Estados Unidos e do Talibã realizaram neste sábado (9) o primeiro encontro de alta cúpula desde que o grupo islâmico retomou o poder no Afeganistão e desde a saída das tropas dos Estados Unidos do país, em agosto. Em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal Bakhtar, o ministro de Relações Exteriores em exercício Amir Khan Muttaqi disse que “uma série de questões políticas foram discutidas”.

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“Deixamos claro para eles que a desestabilização do Afeganistão e o enfraquecimento do governo afegão não interessam a ninguém”, afirmou Muttaqi, que acrescentou que o Talibã também destacou a necessidade de envio de vacinas contra a Covid-19 para o Afeganistão. O Departamento de Estado americano não comentou.

Segundo informações publicadas na sexta-feira (8) pela Reuters, a delegação americana negocia com o Talibã a saída segura de cidadãos dos Estados Unidos e de outros países do Afeganistão e a libertação do cidadão americano Mark Frerichs, sequestrado em 2020 por um grupo ligado ao Talibã.

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Nas conversas, que estão sendo realizadas em Doha, no Catar, e terão continuidade no domingo (10), os representantes dos Estados Unidos também abordam o compromisso do Talibã de não abrigar novamente organizações terroristas e o acesso a ajuda humanitária.

Em entrevista à Associated Press, um porta-voz do Talibã descartou cooperação com os americanos para enfrentamento do Estado Islâmico, dizendo que o grupo que recentemente retomou o poder no Afeganistão tem como lidar com o assunto “de forma independente”.

Na sexta-feira, uma explosão numa mesquita frequentada por xiitas na cidade de Kunduz, capital da província de mesmo nome no norte do Afeganistão, deixou dezenas de pessoas mortas e feridas. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico Khorasan.