O governo do Afeganistão e os sequestradores do Taliban buscam neste sábado um local de negociação para tentar libertar os 21 sul-coreanos cristãos mantidos reféns por mais de duas semanas, disse um chefe da polícia da província.
Uma delegação da Coréia do Sul esteve na província de Ghazni, a sudoeste de Cabul, onde os voluntários de uma igreja coreana estão mantidos reféns. Os coreanos buscam uma negociação direta com os sequestradores.
Mas Seul informou que aos militantes que há um limite sobre o que pode ser feito, e que o governo coreano não tem poder de atender à principal exigência dos sequestradores, a libertação de prisioneiros rebeldes de cadeias afegãs.
"O local ainda não foi escolhido para as negociações", disse o chefe de polícia de Ghazni Ali Shah Ahmadzai a jornalistas.
"Somos a favor do diálogo, isso é o que manda a lógica. Se isso não funcionar, então a força pode ser usada", ele afirmou.
"Se o Taliban não aceitar o diálogo, isso significa que eles não querem que essa questão seja resolvida pacificamente."
O Taliban quer realizar as negociações em uma área que eles mantêm sob controle, e garantem a segurança da delegação coreana, informou um porta-voz do grupo militante.
Os sequestradores já mataram dois reféns, acusando o governo de Cabul de falhar nas negociações, ignorando as exigências de libertação dos prisioneiros.
As autoridades afegãs se recusam a libertar os prisioneiros, argumentando que, se aceitassem as exigências do Taliban, isso poderia incentivar os sequestros.