Contrariando outras vez as promessas de moderação feitas quando reassumiram o governo do Afeganistão, os talibãs proibiram nesta terça-feira (20) que mulheres frequentem universidades no país.
O Ministério do Ensino Superior afegão informou em comunicado que a decisão tomada em uma reunião de gabinete entrará em vigor imediatamente e será válida “até segunda ordem”.
Em março, o regime talibã já havia impedido meninas afegãs de retomar os estudos nas escolas secundárias, pouco antes destas serem reabertas após meses de fechamento imposto a partir da retomada de Cabul, em agosto de 2021.
A decisão desta terça-feira causou indignação entre ativistas de direitos humanos.
“O Talibã agora baniu as mulheres das universidades; isso é vergonhoso. Esta decisão viola o direito à educação de mulheres e meninas no Afeganistão. Os talibãs deixam claro todos os dias que não respeitam os direitos fundamentais dos afegãos, especialmente das mulheres”, escreveu no Twitter a pesquisadora Fereshta Abbasi, da Human Rights Watch.
No sábado (17), o ministro do Ensino Superior do Afeganistão, Maulvi Nida Mohammad Nadeem, havia afirmado durante uma reunião com professores na Universidade de Kandahar que todas as instituições educacionais do país haviam sido “libertadas” das influências da “guerra intelectual”.
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