O Talibã, que mantém seqüestrados há duas semanas 21 sul-coreanos, está disposto a libertar imediatamente duas reféns "gravemente doentes" se o governo do Afeganistão soltar dois rebeldes, informou nesta sexta-feira um porta-voz da milícia rebelde.
- Podemos libertá-las imediatamente se o governo soltar dois dos nossso prisioneiros - disse o porta-voz talibã Mohammed Yousif Ahmadi, que acrescento uque a proposta já havia sido transmitida aos negociadores sul-coreanos.
Segundo Ahmadi, as duas reféns podem comer um pouco para sobreviver, mas seu estado é crítico, já que não podem caminhar.
O porta-voz afirmou na quinta-feira que os seqüestradores estãos dispostos a manter um encontro com a delegação sul-coreana, que propôs como local da reunião o escritório da Equipe de Reconstrução Provincial (PRT, na sigla em inglês) de Ghazni, onde operam as forças internacionais. Mas os rebeldes recusaram a oferta e querem que a reunião aconteça em alguma zona controlada pelos talibãs, segundo Ahmadi.
Depois de mais de duas semanas de seqüestro, Cabul e Seul continuam os esforços para conseguir a libertação dos 21 missionários sul-coreanos , entre eles 18 mulheres, tomados como reféns por um grupo talibã no leste do Afeganistão.
A delegação sul-coreana está tentando convencer os governos do Afeganistão e dos Estados Unidos a aceitarem suas exigências, segundo disse na quinta-feira o porta-voz Ahmadi.
Os governos da Coréia do Sul e dos Estados Unidos acertaram na quinta-feira não utilizar a força para libertar 21 sul-coreanos mantidos reféns no Afeganistão, mas soldados afegãos avisaram sobre uma possível ofensiva na área onde estão os seqüestrados. Na quarta-feira, a agência de notícias sul-coreana Yonhap noticiou que um grupo de parlamentares da Coréia do Sul viajará esta semana a Washington para pedir o apoio dos Estados Unidos para libertar os reféns.
Os rebeldes exigem a libertação de detentos talibãs presos em Pul-E-Charkhi, na periferia de Cabul, em troca dos 21 sul-coreanos. Os talibãs executaram no dia 25 de julho Bae Hyng-kyu,um pastor evangélico de 42 anos, e na segunda-feira mataram outro seqüestrado, Shing Sun-min, de 29 anos.