Ao menos três afegãos morreram e vários ficaram feridos nesta quarta-feira (18), depois que talibãs reprimiram um protesto popular em Jalalabad, no leste do Afeganistão. A informação sobe as mortes são da agência de notícias Reuters e da emissora de TV Al Jazeera, com base em relatos de seus correspondentes que estão na cidade.
O protesto visava defender a bandeira do país. Centenas de manifestantes se opunham a substituí-la pela branca, com uma inscrição que representa o Talibã e o Emirado Islâmico que foi implementado com a volta do grupo ao poder.
Jalalabad é capital da província de Nangarhar, uma das últimas cidades a ficar sob o controle dos radicais e local onde anualmente é celebrado, em 19 de agosto, o dia da independência no Afeganistão, data em que o governo britânico reconheceu a independência do Afeganistão em 1919.
"Os talibãs dispararam contra os manifestantes e bateram em alguns fotojornalistas", conforme veiculou a agência de notícias afegã "Pajhwok", por meio de postagem no Twitter. A emissora de TV Al Jazeera afirmou que duas pessoas morreram. Outras agências de notícias que estão no local não relataram vítimas inicialmente.
Em um primeiro vídeo publicado pelo veículo de comunicação, é possível ver um grande número de pessoas percorrendo as ruas de Jalalabad, segurando bandeiras do Afeganistão de diversos tamanho.
Em seguida, é possível ver o começo da confusão, com tiros dados para o alto, aparentemente, por supostos talibãs. Em seguida, é possível ver homens apavorados, se refugiando no interior de uma casa.
Ainda segundo a agência "Pajhwok", houve manifestação favorável à bandeira afegã na cidade de Khost, também localizada no leste do território.
Na cidade de Bamiyan, os talibãs explodiram a estátua de um líder de uma milícia xiita que lutou contra o Talibã na guerra civil do Afeganistão no começo da década de 1990, segundo fotografias que estão circulando nas redes sociais. Abdul Ali Mazari foi moto pelo Talibã em 1995.
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