Talvez defensores de armas possam fazer algo, diz Trump sobre vitória de Hillary

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O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, abalou mais uma vez campanha eleitoral dos Estados Unidos. A polêmica de agora, forte como sempre, veio de um discurso camuflado, em que ele sugeriu, sutilmente, que defensores de porte de arma atirem contra Hillary Clinton. As informações são do jornal britânico The Guardian e do portal de notícias Mashable.

A fala foi durante um discurso na Carolina do Norte, nesta terça-feira (9). Trump falava sobre a nomeação de juízes para o Supremo Tribunal- que têm poder para discutir Segunda Emenda da Constituição americana. É esta segunda emenda que permite aos cidadãos estadunidenses o porte de armas, direito que, segundo Trump, pode ficar ameaçado se Hillary chegar ao poder.

“Se ela [Hillary] puder escolher os seus juízes, não há nada que possam fazer”, afirmou Donald Trump. Ele acrescentou: “Ainda que o pessoal da Segunda Emenda... se calhar podem, não sei”.

Segundo o periódico New York Daily News, parte da plateia ovacionou as palavras de Trump, mas houve também quem ficasse chocado com a declaração, que fez a equipe de campanha da candidata democrata reagir e acusar o empresário de alusão à tentativa de assassinato.

A polêmica também se propagou pelas redes sociais do país.

A própria Hillary Clinton escreveu que “uma pessoa que quer ser presidente dos Estados Unidos não deve sugerir violência de jeito nenhum”

O Senador Chris Murphy ,de Connecticut, onde um massacre em uma escola deixou mais de 25 mortos em 2012, foi mais longe e postou: “Isso não é apenas um passo em falso da política. É uma ameaça de assassinato, aumentando seriamente a possibilidade de uma tragédia e crise nacional”, escreveu.

Muitas pessoas denunciaram o candidato republicano de cometer um crime federal e prometeram pedir que o caso passe a ser investigado.