Tropas russas atacaram neste sábado com carros blindados uma base militar ucraniana na cidade de Belbek, na Crimeia, após ter dado um ultimato aos comandantes dessa unidade para que entregassem o quartel ou mudassem de lado no conflito.

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Pelo menos seis blindados russos participam do ataque, durante o qual foram ouvidos disparos e pelo menos um jornalista ficou ferido, segundo várias fontes citadas pelo jornal ucraniano "Ukrainskaya Pravda".

O canal "5" da televisão ucraniana informou que a base ucraniana é atacada com granadas por membros das chamadas autodefesas da Crimeia, às quais o autoproclamado governo da península, incorporada à Rússia, deu status de unidades militares.

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Pouco antes, o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano na Crimeia, Vladislav Selezniov, informou em sua página do Facebook sobre o ultimato ao pessoal da base aérea para que entregassem as instalações.

O comandante da base aérea, Yuli Mamchur,foi um dos primeiros a exigir ao Ministério da Defesa da Ucrânia que decida o futuro dos militares ucranianos que estão na Crimeia.

Há quase dez dias, Mamchur advertiu aos altos comandantes militares do país que "caso que não fossem tomadas as correspondentes decisões", sua unidade se veria obrigada "a atuar de acordo com o Código das Forças Armadas da Ucrânia até o extremo de abrir fogo".

Mamchur então reconheceu que os militares ucranianos na Crimeia sabem que não poderão "resistir por muito tempo contra as tropas russas melhores armadas e preparadas".

Hoje, os comandantes de várias unidades ucranianas que estão na península denunciaram o descaso da cúpula militar e política do país na hora de decidir os passos que os soldados devem seguir que não querem se entregar às tropas russas.

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O ministro da Defesa ucraniano, Igor Teniukh, carregou sobre a cúpula política da Ucrânia a responsabilidade de tomar uma decisão sobre o futuro das tropas deste país na rebelde península. EFE