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Tanques sírios e veículos blindados adentraram a cidade costeira de Latakia neste sábado (13) e disparos foram ouvidos em um distrito onde milhares haviam protestado contra o presidente Bashar al-Assad, disse um grupo ativista. A ocupação ocorreu um dia depois que forças de segurança mataram 20 pessoas a tiros durante as marchas por todo o país, nas quais os manifestantes pediram a queda de Assad e prometeram "só se ajoelhar para Deus." A repressão militar de Assad aos protestos de cinco meses, nos quais ativistas dizem que mais de 1.700 civis foram mortos, levou a novas sanções dos EUA sobre Damasco e críticas de estados árabes após meses de silêncio na região. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, declarou que cerca de 20 veículos militares foram deslocados neste sábado perto do distrito de Ramle, na cidade mediterrânea de Latakia, onde 10 mil pessoas protestaram na sexta-feira. "Foi possível ouvir artilharia pesada das 10h30 até o meio dia (hora local)," disse Rami Abdel Rahman, líder do grupo, acrescentando que um grande número de pessoas estava fugindo da área. Ele também relatou que soldados apoiados por atiradores legalistas, conhecidos como shabbiha, atacaram vilarejos próximos da cidade de Qusair, no norte, perto da fronteira libanesa, fazendo prisões. Onze pessoas foram mortas por forças de segurança em Qusair na quinta-feira, afirmaram ativistas, em meio ao crescimento da repressão militar de Assad durante o Ramadã, mês sagrado muçulmano, que começou duas semanas atrás. As autoridades sírias têm proibido a atuação da maior parte da mídia independente, tornando difícil verificar os eventos no local do levante, um de uma série de revoltas populares contra líderes árabes autocratas este ano. As autoridades dizem que 500 soldados e policiais foram mortos por grupos armados. A agência de notícias estatal SANA afirmou que três membros das forças de segurança foram mortos na sexta-feira.

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