Dados divulgados pelo Centro Nacional de Estatísticas da China, nesta quarta-feira (17), mostram que a taxa de natalidade chegou a um mínimo recorde no país pelo segundo ano consecutivo, provocando a diminuição da população chinesa.
Esses números influenciam diretamente na economia do gigante asiático, liderado pelo ditador Xi Jinping., exercendo forte pressão sobre a nação onde o número de idosos é esmagadoramente superior ao dos jovens.
Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas, órgão ligado ao regime chinês, o número total de pessoas na China diminuiu 2,08 milhões em 2023. Em dados mais gerais, a população diminuiu 0,15 por cento, de 1,411 mil milhões para 1,409 mil milhões no ano passado. A parcela dos cidadãos com 60 anos ou mais atingiu 296,97 milhões, representando cerca de 21,1% da população total.
O declínio populacional da China em 2023 mais que dobrou em comparação com os dados registrados em 2022, de 850 mil. O regime relaciona essa queda recorde ao aumento nas mortes por Covid-19 e o desinteresse das famílias por ter filhos. Atualmente, a taxa de natalidade no país é de 6,39 nascimentos por mil pessoas.
A redução do número de nascimentos na China teve como um dos principais fatores a política do filho único, que esteve em vigor de 1980 a 2015. Mesmo depois da política ser encerrada, as taxas de natalidade continuaram a cair ano após ano.
Outra variável que influenciou nessa queda percentual foi a rápida urbanização que ocorreu no país nas últimas décadas, resultando na mudança de grandes populações de áreas rurais para as cidades, o que gerou um maior custo de vida.
Junto a isso, a ditadura chinesa enfrentou níveis de desemprego juvenil recordes em 2023. Em dezembro, dados do Departamento de Estatística revelaram que 14,9% dos chineses com idade entre 16 e 24 anos estavam sem emprego.
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