Os cidadãos da República Tcheca elegerão entre hoje e amanhã, pela primeira vez mediante sufrágio direto, o seu terceiro chefe de Estado na história democrática do país.
Cerca de 8,5 milhões de pessoas foram convocadas às urnas, onde poderão escolher entre o ex-primeiro-ministro e social-democrata Milos Zeman e o aristocrata Karel Schwarzenberg, atual ministro das Relações Exteriores do Governo de centro-direita.
Os colégios eleitorais ficarão abertos entre 11h e 19h (horário de Brasília), nesta sexta-feira, e das 5h às 11h, amanhã. O vencedor deste segundo turno será conhecido pouco depois do encerramento da votação.
O antigo dissidente e dramaturgo Vaclav Havel ocupou a Presidência entre 1989 e 2003, depois foi sucedido por seu eterno rival político, o conservador economista e eurocético Vaclav Klaus.
O carismático Klaus, pai das reformas econômicas do país, não escondeu sua preferência por Zeman, apesar do seu ideário afastado da social-democracia.
Schwarzenberg, por sua vez, ateve-se ao legado humanista de Havel, de quem foi estreito colaborador durante seus primeiros passos à frente do Estado.
As pesquisas dão vantagem a Zeman, que ontem à noite saiu-se bem no último debate televisionado pela emissora pública "CT1" ao apresentar um discurso patriótico e uma oratória incisiva.