O juiz argentino Julián Ercolini afirmou que o técnico informático Diego Lagomarsino, proprietário da arma que causou o morte do promotor Alberto Nisman, deve ser investigado "como participante necessário" na morte do magistrado, em janeiro de 2015.
Nisman foi encontrado morto horas antes de apresentar, no Congresso, uma acusação de que a então presidente Cristina Kirchner vinha obstruindo a Justiça na investigação sobre o atentado contra a AMIA (Associação Mutual Israelense), em 1994, que causou 86 mortes.
O encobrimento da investigação tinha como finalidade não atrapalhar um acordo comercial que a Argentina vinha firmando com o Irã - os principais suspeitos do atentado são dessa nacionalidade.
Lagomarsino, ao receber a notícia, disse estar "nervoso", mas que terá condições de apresentar, diante da Justiça, as evidências de que não está envolvido na morte do promotor. "Cedo ou tarde isso vai se resolver", afirmou à imprensa local.
A Justiça vem se orientando, nos últimos meses, por um informe realizado recentemente pela Gendarmeria (polícia federal e de fronteiras) que concluiu que Nisman foi assassinado, contrariando as investigações iniciais, que davam como mais provável causa da morte um suicídio sob pressão ou ameaça.
Desde essa época, porém, já se sabia que a bala que matou Nisman havia saído de um revólver que Lagomarsino emprestou ao amigo. O que não está claro, ainda, é se Nisman disparou contra si mesmo ou se Lagomarsino seria o verdadeiro assassino.
Lagomarsino sempre admitiu ser o proprietário da arma, e explicou que Nisman a havia pedido uns dias antes porque se sentia ameaçado.
Em novembro, um promotor pediu que Lagomarsino voltasse a ser interrogado. Agora, o juiz Julián Ercolini deu a autorização e pediu que seu nome fosse incluído na causa como "possível participante" na cena do crime. Lagomarsino disse que irá apelar.
Enquanto isso, terá de usar uma tornozeleira eletrônica e não poderá sair do país.
Além da arma, os investigadores consideram suspeito que todos os dados do computador de Lagomarsino tivessem sido apagados horas antes da morte de Nisman, assim como foi constatada a destruição de vários documentos e objetos que mantinha em seu apartamento.
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