Teerã - Confrontos entre opositores e autoridades voltaram a convulsionar Teerã ontem, quando milhares de pessoas tentaram organizar atos em homenagem aos mortos nos protestos contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad no pleito de 12 de junho passado.
Os atos marcariam o luto islâmico dos 40 dias da morte da estudante Neda Agha Soltan, 26 anos, que levou um tiro no peito em protesto em 20 de junho. Sua morte foi flagrada pela câmera de um celular e ela se tornou símbolo da oposição o governo nega envolvimento no crime. Pelo menos 20 pessoas morreram, e dezenas foram presas em meio à violenta repressão dos atos pela anulação do pleito, visto por críticos como fraudulento.
Um dos focos de violência foi uma cerimônia convocada pelo líder oposicionista Mir Hossein Mousavi, que oficialmente perdeu a eleição para Ahmadinejad, no cemitério Behesht-e Zahra, onde fica o túmulo de Soltan. A polícia o impediu de participar do ato.
Ainda assim, milhares de pessoas compareceram, gritando slogans como "Neda está viva, Ahmadinejad está morto. O reformista Mehdi Karroubi tentou discursar e foi interrompido por forças de segurança, que dispersaram a multidão com bombas de gás lacrimogêneo e bastões. Várias pessoas foram detidas, inclusive o proeminente cineasta iraniano Jafar Panahi.
Ao longo do dia, os manifestantes voltaram a se aglomerar e enfrentaram a polícia nas ruas de Teerã. Muitos usavam camisetas ou fitas verdes, a cor da campanha de Mousavi.
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