
A SpaceX, empresa do empresário Elon Musk, lançou na terça-feira (12) o telescópio espacial SPHEREx, da NASA, em uma missão inovadora para mapear milhões de galáxias e estudar a evolução do universo desde os seus primórdios. O lançamento ocorreu na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, a bordo de um foguete Falcon 9, que também transportava quatro pequenos satélites para observação do Sol.
Com um custo de US$ 488 milhões, o SPHEREx tem como objetivo analisar centenas de milhões de galáxias, observando a luz acumulada ao longo da história cósmica. Diferente dos telescópios Hubble e James Webb, que focam em imagens detalhadas de objetos celestes, o SPHEREx adotará uma abordagem diferente ao registrar o brilho total emitido pelo conjunto de galáxias, incluindo as mais antigas formadas logo após o Big Bang.
O telescópio, que pesa cerca de 500 kg, possui sensores infravermelhos de alta precisão e será capaz de distinguir 102 cores invisíveis ao olho humano. Isso permitirá a criação do mapa mais colorido e abrangente do universo já produzido.
De acordo com Jamie Bock, cientista-chefe da missão e pesquisador do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), a estratégia do SPHEREx oferece uma visão inédita do cosmos.
“Esse brilho cosmológico captura toda a luz emitida ao longo da história cósmica. É uma maneira muito diferente de olhar para o universo”, explicou Bock.
O telescópio operará a 650 km de altitude, orbitando os polos terrestres. Sua estrutura conta com um design peculiar para garantir o resfriamento necessário aos sensores infravermelhos: três cones de alumínio em formato de colmeia protegem os instrumentos do calor do Sol e da Terra.
A missão faz parte dos esforços contínuos da NASA para compreender melhor a expansão do universo e a evolução das galáxias ao longo de bilhões de anos.
Além do SPHEREx, o foguete Falcon 9, da SpaceX, também transportou o conjunto de satélites PUNCH, que serão responsáveis por estudar a corona solar e os impactos dos ventos solares na Terra.
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