Maior planeta do Sistema Solar, Júpiter é conhecido pelas imensas tempestades coloridas, como a Grande Mancha Vermelha, mas o gigante gasoso esconde outras maravilhas que estão sendo desvendadas com apoio do telescópio espacial Hubble, da Nasa. Nesta quinta-feira (30), a agência espacial americana divulgou imagens com imensas auroras nos polos do planeta.
“Essas auroras são muito dramáticas e estão entre as mais ativas que eu já vi”, disse Jonathan Nichols, pesquisador da Universidade de Leicester, no Reino Unido, e líder do estudo. “Quase parece que Júpiter está dando uma festa com fogos de artifício aguardando a chegada de Juno”.
Na próxima segunda-feira, a sonda espacial Juno chegará ao planeta. As imagens das auroras foram flagradas durante observações feitas pelo Hubble para apoiar a chegada da espaçonave. Enquanto o Hubble observa e realiza medições nas auroras, Juno irá medir as propriedades dos ventos solares, numa colaboração perfeita entre o telescópio e a sonda espacial.
As auroras são formadas quando partículas de energia emitidas pelo Sol penetram na alta atmosfera de um planeta na região do polo magnético e colidem com átomos de gases. O fenômeno também é observado na Terra e em outros planetas do Sistema Solar, mas a grandeza de Júpiter surpreende. O brilho nos polos de Júpiter cobre áreas maiores que a Terra.
Além das belas imagens, o programa de observação das auroras pretende determinar como seus componentes respondem a diferentes condições de vento solar. Para isso, o Hubble está mirando o planeta há cerca de um mês, capturando as mudanças nas auroras.
De acordo com os pesquisadores, as auroras em Júpiter não são apenas maiores, como centenas de vezes mais energéticas que as auroras na Terra. Além disso, elas nunca cessam, como no nosso planeta. Por aqui, o fenômeno acontece apenas durante tempestades solares, o que indica que Júpiter possui outras fontes para suas auroras.
A hipótese é que o gigante gasoso, com seu poderoso campo magnético, capta partículas de seu entorno, que incluem não apenas as carregadas pelo vento solar, mas também por partículas emitidas pela sua lua Io, conhecida por ter numerosos e gigantescos vulcões.