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Telescópio Hubble capta galáxia mais brilhante descoberta até agora

As galáxias mais distantes não só brilham mais tênues no espaço, como também aparecem muito menores | Hubble/Divulgação
As galáxias mais distantes não só brilham mais tênues no espaço, como também aparecem muito menores (Foto: Hubble/Divulgação)

O telescópio espacial Hubble obteve imagens sem precedentes da galáxia mais brilhante descoberta até agora, graças a um fenômeno conhecido como lente gravitacional.

Uma lente gravitacional ocorre quando a gravidade de um objeto gigantesco, como o Sol, um buraco negro ou um conjunto de galáxias, causa uma distorção no espaço-tempo.

A luz procedente de objetos mais distantes e brilhantes se reflete e aumenta quando passa por essa região distorcida pela gravidade.

A Nasa (agência espacial americana) informou que "esta observação proporciona uma oportunidade única para o estudo das propriedades físicas de uma galáxia que formava, de maneira vigorosa, estrelas quando o universo tinha apenas um terço de sua idade atual".

Jane Rigby e sua equipe de astrônomos no Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa em Greenbelt, Maryland, apontaram o telescópio Hubble em direção a um dos exemplos mais notáveis de lente gravitacional, um arco de luz de quase 90 graus no conjunto galático RCS2 032727-132623.

A vista que o Hubble obteve da galáxia distante é muito mais detalhada que a imagem que seria obtida sem a presença da lente gravitacional. A presença deste "amplificador" mostra como as galáxias evoluíram em dez mil milhões de anos, segundo a Nasa.

Enquanto as galáxias mais próximas à Terra estão plenamente maduras e se aproximam do fim de sua história como criadouro de estrelas, as galáxias mais distantes proporcionam testemunho dos tempos de formação do universo.

Estão tão distantes que a luz daqueles eventos cósmicos só alcança a Terra agora. As galáxias mais distantes não só brilham mais tênues no espaço, como também aparecem muito menores.

Em 2006 uma equipe de astrônomos que usou o Very Large Telescope (VLT, literalmente Telescópio Muito Grande, o instrumento óptico mais avançado do mundo) no Chile, mediu a distância do arco e calculou que esta galáxia aparece três vezes mais brilhante que as outras galáxias, vistas também através de lentes, descobertas antes.

Em 2011 os astrônomos usaram o Hubble para captar imagens e analisar a galáxia com o telescópio orbital.

Como é típico nas lentes gravitacionais a imagem distorcida da galáxia se repete várias vezes no conjunto de lente que aparece à frente. A tarefa dos astrônomos é reconstruir como se veria realmente a galáxia sem o efeito de distorção.

A aguda visão do Hubble permitiu que os astrônomos eliminassem as distorções e reconstruíssem a imagem como seria vista normalmente. A reconstrução mostra as regiões brilhantes onde se formam as estrelas, muito mais iluminadas que qualquer região de estrelas jovens na Via Láctea.

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