A análise de uma explosão de raios gama fenômeno do tipo mais energético que se conhece no Universo confirmou indício de que esse evento pode ser provocado pela colisão de dois núcleos de estrelas mortas. A descoberta, feita a partir de imagens do telescópio espacial Hubble, dá apoio a uma teoria sobre com surgem os elementos naturais mais pesados da tabela periódica. Ao analisar a explosão de raios gama, Edo Berger e dois de seus colegas do Centro Harvard-Smithsonian de Atrofísica, de Boston, viram algo atípico. Nos momentos que se seguiram à explosão, ocorrida 3,9 bilhões de anos-luz de distância da Terra, a região onde o evento ocorreu passou a emitir um tipo de luz infravermelha associada ao decaimento de átomos radiativos. O espectro daquela luminosidade era o de núcleos dos elementos pesados emitindo nêutrons e revelando sua presença.
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