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Tempestade Harvey ganha força e afeta oleoduto que liga o Texas a Nova York

Pessoas são resgatadas de um bairro inundado depois do furacão Harvey passar pelo local | SCOTT OLSONAFP
Pessoas são resgatadas de um bairro inundado depois do furacão Harvey passar pelo local (Foto: SCOTT OLSONAFP)

A companhia americana Colonial Pipeline informou nesta terça-feira (29) que seu oleoduto enfrenta problemas por causa da tempestade tropical Harvey. O fenômeno causa estragos no Texas desde sábado (26). A situação envolvendo o oleoduto amplia as preocupações de que os recentes infortúnios sofridos em Houston e cidades próximas poderão ter um impacto mais amplo nos Estados Unidos.

Estratégico, o oleoduto transporta gasolina, diesel e combustível de jato da região da Costa do Golfo até Nova York. 

"O sistema da Colonial Pipeline foi afetada pela tempestade tropical Harvey em sua origem em Houston, que inclui Pasadena, Houston e Cedar Bayou," diz a empresa. "Os serviços nesses locais foi interrompido até que possamos melhor avaliar os danos da tempestade."

Mais água

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, a tempestade tropical Harvey voltou a ganhar força no início da noite desta segunda (28), após a tormenta ter voltado a águas quentes do Golfo do México. Os ventos alcançaram 72 quilômetros por hora.  

Os meteorologistas estimam que o Harvey fique sobre a água ainda por 36 horas e, depois, volte para o leste de Houston na quarta-feira (30). A previsão indica que a tempestade, em seguida, irá para o norte da cidade e perderá força.  

Desabrigados 

Segundo a Agência Federal de Gestão de Emergência, cerca de 30 mil pessoas estão desabrigadas por causa da tempestade nos Estados Unidos. Pelo menos 12 pessoas morreram, de acordo com o jornal The Washington Post.

A região de Houston, quarta maior cidade dos EUA, é a mais atingida. Autoridades ordenaram nesta segunda-feira (28) que mais de 50 mil pessoas deixem o condado de Fort Bend, próximo a cidade.  

A vizinha Dickinson também emitiu ordem para que todos os moradores deixem o município - cerca de 18 mil pessoas. Não há confirmação de quantas de fato seguiram a ordem.  

Escolas, aeroportos e edifícios de escritórios de Houston receberam ordem para fechar nesta segunda, já que dezenas de ruas na cidade estão alagadas.  Os dois principais aeroportos suspenderam todos os voos comerciais e dois hospitais foram obrigados a transferir os pacientes. Um canal de televisão ficou fora do ar.  

"O que estamos vendo é a inundação mais devastadora na história registrada de Houston", afirmou o meteorologista-chefe da empresa de seguros Aon Benfield, Steve Bowen.  

Os serviços de emergência pediram aos moradores que sigam para as partes elevadas da cidade ou permaneçam nos tetos das residências, para possibilitar o resgate por helicópteros.  

Autoridades alertam que a situação pode piorar nos próximos dias, já que são esperados cerca de 60 centímetros de água na região.  

Mais vítimas

"Estou realmente preocupado com o número de corpos que vamos encontrar", disse Art Acevedo, chefe da polícia de Porter, vizinha a Houston. De acordo com a emissora KHOU, uma família com seis pessoas, incluindo quatro crianças, morreu na cidade quando a van na qual estavam foi arrastada pela correnteza, mas as autoridades ainda investigam o caso e não confirmaram as mortes.  

A tempestade se aproxima do estado de Lousiana, que declarou estado de emergência. O prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, cidade devastada em 2005 pelo furacão Katrina, pediu aos moradores que permaneçam em casa nos próximos dias. 

Ajuda da Casa Branca

O presidente americano, Donald Trump, disse que vai disponibilizar o necessário para os resgates e para ajudar na reconstrução das áreas atingidas. "Estou trabalhando com o Congresso para uma resposta aos danos causados pelo Harvey", disse o presidente em uma rápida conversa com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.

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