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A tempestade tropical Tomas voltou a ter força de furacão nesta sexta-feira, causando fortes chuvas no Haiti e ameaçando os superlotados acampamentos dos sobreviventes do terremoto de janeiro.

O presidente René Préval pediu na quinta-feira em rede nacional de rádio que os cidadãos tomassem precauções e seguissem as recomendações de retirada. "Protejam suas vidas", disse ele aos haitianos, temerosos também com a difusão de uma epidemia de cólera.

O furacão causa muita chuva, além de ondas e ventos fortes. Por ter sido muito desmatado e ser montanhoso, o Haiti é particularmente propenso também a deslizamentos de terra.

Em um boletim divulgado antes do amanhecer, o Centro Nacional de Furacões (CNF) dos EUA disse que Tomas iria se intensificar nas próximas 24 horas, mas perderia força num prazo de quatro dias.

O CNF disse que o furacão tem ventos regulares de 130 quilômetros por hora, e que seu núcleo se encontrava 280 quilômetros a oeste de Porto Príncipe, deslocando-se para nordeste a 15 quilômetros por hora.

Cerca de 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto de 12 de janeiro ainda vivem em precários acampamentos no Haiti, o país mais pobre das Américas.

O furacão e a epidemia de cólera causam graves transtornos a menos de um mês das eleições presidenciais e legislativas de 28 de novembro, mas as autoridades resolveram não adiar a votação.

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