A tempestade tropical Gustav deixou 14 mortos em sua passagem pelo Haiti, anunciou nesta quarta-feira (27) a Defesa Civil do país. Três pessoas estão desaparecidas e várias ficaram feridas em decorrência de enchentes e deslizamentos.
Na República Dominicana, oito pessoas -sete da mesma família- morreram na passagem de Gustav. Elas foram enterradas vivas quando a encosta de um morro desabou, em uma área ao norte da capital, Santo Domingo.
Fortes chuvas continuavam caindo sobre quase todas as regiões do Haiti, onde os tráfegos aéreo e marítimo seguiam suspensos.
Na capital, Porto Príncipe, as atividades estão paralisadas desde segunda-feira. Lojas, escolas e edifícios administrativos ainda estavam fechados nesta quarta.
A tempestade tropical Gustav perdeu força e estacionou sobre o país. Mas meteorologistas avisaram que a formação ainda pode transformar-se em um furacão potencialmente perigoso e atingir a área de extração de petróleo do Golfo do México.
A sétima tempestade da temporada de furacões do Atlântico em 2008 passava por um ponto localizado 150 quilômetros a oeste da capital do Haiti, Porto Príncipe, às 8h (9h em Brasília), depois de ter saído do mar como um furacão no dia anterior, perto da cidade de Jacmel (sul).
O Gustav avançava lentamente, o que significa risco para o Haiti, cujas encostas desmatadas provocam deslizamentos de terra desastrosos quanto atingidas por chuvas fortes, afirmou o Centro Nacional de Furacões (NHC), um órgão dos EUA.
A tempestade deve começar a avançar novamente rumo a oeste, para as águas quentes do sul de Cuba, onde ganharia força mais uma vez antes de ingressar no Golfo do México, tornando-se o primeiro grande furacão a ameaçar as instalações de gás e petróleo dos EUA desde o Wilma, em 2005, disseram meteorologistas.
Os grandes furacões são aqueles classificados como de categoria 3 ou mais na escala de intensidade Saffir-Simpson (que possui cinco níveis). A possibilidade de uma grande tempestade chegar ao Golfo do México, onde os EUA produzem 25% de seu petróleo e 15% de seu gás natural, provocou instabilidade nos mercados de energia.
Os furacões Katrina e Rita eram ambos de categoria 5 quando ingressaram no golfo em 2005, diminuindo em um quarto a produção norte-americana de petróleo e gás ao danificar plataformas e provocar o rompimento de oleodutos.
O Katrina ainda saiu do mar para destruir Nova Orleans e matar 1.500 pessoas na região dos EUA banhada pelo golfo.