Ao menos cinco templos budistas em Bangladesh foram incendiados, assim como 15 casas da cidade de Ramu e em povoados nos arredores, após uma multidão de 25 mil muçulmanos protestar contra a publicação no Facebook de uma foto ofensiva ao islã.
A foto estava no perfil de um jovem budista e mostrava o Corão, livro sagrado dos muçulmanos, queimado. Segundo o jornal "Daily Star", o garoto alegou que a foto não era sua e ele tinha sido vinculado a imagem por engano. Após o início da violência, o mesmo jornal reportou que a conta do garoto na rede social foi fechada e sua família passou a ter proteção policial.
Nojibul Islam, chefe da polícia do distrito de Cox Bazar, disse que a situação já está sob controle. Segundo ele, vinte pessoas ficaram feridas nos ataques.
O ministro do Interior de Bangladesh, Mohiuddin Khan Alamgir, disse que os ataques foram premeditados e deliberados e tiveram o objetivo de iniciar um conflito no país.
"Encontramos líquido inflamável e munição preparados para a queima dos templos, foi algo premeditado", denunciou.
Ele prometeu reconstruir os templos destruídos e compensar financeiramente todas as pessoas que tiveram suas casas afetadas.
Nas últimas semanas, milhares de muçulmanos se manifestaram em Bangladesh contra o filme "Inocência dos Muçulmanos", que satiriza o profeta Maomé e foi produzido nos EUA. Também houve protestos no país após a publicação de charges de Maomé na revista francesa Charlie Hebdo.
Os budistas representam menos de 1% da população de Bangladesh. Aproximadamente 90% dos 153 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos.
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