Até o último minuto antes da hora definida em acordo para o cessar-fogo, Israel continuou os ataques à Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de foguetes da Jihad Islâmica. Apesar da trégua, a região está a um passo de cair, mais uma vez, em uma guerra. Não fossem os esforços do Egito para a negociação, dificilmente os bombardeios teriam parado.
Os últimos três dias de conflito deixaram 42 palestinos mortos e 300 pessoas feridas. Dois líderes da Jihad Islâmica morreram: Tayssir al-Jabari e Khaled Mansour.
Os primeiros ataques aconteceram na sexta-feira (05), depois que as tensões aumentaram devido à prisão, na segunda-feira da semana passada (01), de um dos líderes do grupo na Cisjordânia, Basem al Sadi, no campo de refugiados da cidade de Jenin.
Os 2,3 milhões de habitantes de Gaza, que, em maio de 2021 enfrentaram a guerra de 11 dias, mais uma vez se encontraram em perigo.
O premiê israelense, Yair Lapid, disse que "Israel não ficará de braços cruzados". "Este governo tem uma política de tolerância zero a toda tentativa de ataque", concluiu.
Por sua vez, os jihadistas palestinos anunciaram que estavam prontos para uma guerra. "Não há linhas vermelhas nessa batalha. Eu declaro diante do povo palestino: Tel-Aviv ficará sob ataques de mísseis de resistência", dizia o primeiro comunicado do grupo.
Até o momento, o Hamas - movimento islamista palestino no poder em Gaza - não entrou no conflito. Isso pode evidenciar que o grupo não está pronto para uma nova guerra com consequências catastróficas como a do ano passado. Mas essa situação também aponta para o fato de que, se o Hamas decidir atacar, haverá uma grande escalada no conflito.
Por enquanto, o porta-voz Fawzi Barhoum apenas anunciou que "a resistência está unida nessa batalha" e condenou "as agressões israelenses".
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas