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Beirute – Políticos aliados do governo libanês mantiveram o discurso duro contra a oposição –que é liderada pelo grupo Hezbollah, considerado pró-Síria – no evento em memória do primeiro-ministro assassinado Rafik al Hariri realizado ontem no centro de Beirute.

Analistas dizem que os discursos, num dia marcado por tensão, mas sem episódios de violência – mostram que não há disposição para um acordo que encerre o impasse.

"Esta é a hora da verdade e estamos nas últimas etapas para a formação do tribunal internacional (para investigar a morte de Rafik al Hariri, há dois anos). Estamos prontos para tomar decisões corajosas, mas qualquer solução tem que passar pela instituição do tribunal", disse o filho do premiê e herdeiro político, o deputado governista Saad Hariri.

Saad Hariri fez seu discurso em praça pública separado das dezenas de milhares de manifestantes por um vidro à prova de balas.

Um inquérito da ONU já apontou o governo sírio como responsável pela morte de Al Hariri, mas o governo de Damasco e seus aliados no Líbano se opõem com veemência à instalação de um tribunal internacional.

"Acho que nas próximas semanas vamos ver uma retórica agressiva e muita violência oral dos dois lados, e possivelmente episódios de violência nas ruas também, mas esporádicos", avalia o cientista político e especialista em movimentos islâmicos da Universidade Americana de Beirute, Ahmad Moussali.

"Não me parece que nenhum dos dois lados tenha agora a menor disposição para chegar a um acordo, mas tampouco acho que haja disposição para violência aberta, para qualquer coisa próxima de uma guerra civil", diz.

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