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Manifestantes marcham contra o presidente Ali Abdullah Saleh | Ahmed Jadallah/Reuters
Manifestantes marcham contra o presidente Ali Abdullah Saleh| Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

Sanaa - O chefe de uma coalizão dos países do Golfo Pérsico, que tentavam mediar um acordo político entre o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, e a oposição, de­­sistiu dos esforços após cinco dias de conversas, disseram líderes do governo e da oposição.

O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) tentou mediar um acordo para Saleh, que governa há 32 anos, deixar o poder com imunidade. Mas Saleh esnobou um primeiro acordo fechado no mês passado, o que levou a uma visita do líder da organização, Ab­­dul-Latif al-Zayyani, que tentou superar o impasse. Hoje, Al-Zay­­yani, que é do Bahrein, desistiu das tentativas.

Ontem, tanto o governo quanto a oposição culparam uns aos outros pelo fracasso das negociações, que podem levar a mais uma onda de violência no Iêmen, onde a população pede desde janeiro que Saleh deixe o poder.

Os Estados Unidos insistiram com Saleh, em vão, para que ele aceitasse o plano proposto por al-Zayyani e os países do Golfo. John Brenan, assessor do presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou a Saleh ontem e alertou o presidente que o acordo negociado "é o melhor caminho para o Iêmen virar uma nação mais segura, unificada e próspera".

O porta-voz da oposição, Mo­­hammed al-Sabri, disse que Zay­­yani afirmou que estava deixando o país porque não convenceu Saleh a assinar o acordo escrito. "Al-Zayyani disse que as partes não conseguiam chegar a um acordo e que então ele estava deixando Sanaa e não voltaria" ao país, disse al-Sabri.

Yasser al-Yemani, líder do partido governista, confirmou a partida de Zayyani, acrescentando que Saleh recusou-se a assinar até que os tumultos no país acabem.

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