O exército do Sudão do Sul e militares que se revoltaram travaram na noite de domingo duros combates na capital Juba, nos arredores do Ministério da Defesa e do maior armazém de armas do país, o que causou mortos em ambos os lados.

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O porta-voz das Forças Armadas sul-sudanesas, Philip Aguer, informou nesta segunda-feira à Agência Efe que um grupo da Guarda Presidencial se rebelou ontem à noite mas que o exército conseguiu conter a tentativa de golpe.

As proximidades do ministério, principal zona de conflito, já estão sob controle das autoridades, embora as forças de segurança seguem perseguindo os insurgentes por ruas próximas, segundo Aguer.

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Os militares rebeldes tentaram assumir o controle do edifício governamental e o armazém. Homens armados dispararam contra o ministério.

Aguer afirmou que não descarta a possibilidade de um "grupo político que deseja derrubar o regime" estar por trás da revolta.

Algumas fontes apontaram que este grupo pode ser formado por seguidores do ex-vice-presidente Riak Mashar, destituído pelo chefe de Estado sul-sudanês, Salva Kiir, em 23 de julho.

Mashar é o principal rival político de Kir e saiu do governo em meio à maior remodelação do Executivo efetuada desde a independência do Sudão do Sul em julho de 2011.

O ex-vice-presidente tinha anunciado sua intenção de se apresentar como candidato às eleições presidenciais de abril de 2015. Kir também deverá concorrer.

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A situação em Juba se mantém tensa. As ruas estão vazias e o comércio permanece fechado diante da escalada da violência das últimas horas, testemunhas disseram à Efe.

Os choques nos arredores do Ministério da Defesa também provocaram um deslocamento da população para bairros mais seguros.

Desde sua independência do Sudão, o Sudão do Sul é cenário de enfrentamentos tribais, tensões internas e conflitos com seu vizinho do norte.