A operadora japonesa da usina nuclear Fukushima Daiichi, destruída pelo terremoto e tsunami de março, disse nesta sexta-feira (9) que desistiu do plano de despejar no oceano a água que foi tratada após contaminação radioativa, depois de fortes protestos de grupos pesqueiros. A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa de energia responsável pela usina danificada, havia dito na quinta-feira que estava considerando despejar parte da água tratada ao mar, pois o espaço para o armazenamento estava acabando. A declaração gerou revolta entre as cooperativas japonesas de pesca. Água "tratada" significa que o conteúdo radioativo, antes alto, foi reduzido consideravelmente, mas não completamente. A usina de Fukushima foi atingida por um terremoto devastador e um tsunami massivo em março, e já emitiu radiação para a atmosfera, depois disseminada por ventos, chuvas e neve. "A decisão de não incluir o plano foi tomada depois de negociações na quinta-feira com a federação de cooperativas pesqueiras e por conta da oposição da Agência da Pesca do governo", disse uma porta-voz da Tepco. O gerente geral da empresa, Junichi Matsumoto, disse a jornalistas nesta sexta-feira que a empresa tentaria construir mais tanques e reciclar mais água tratada, para que possa ser usada no processo de resfriamento.
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