Washington Cientistas do governo dos Estados Unidos salvaram dois homens que estavam morrendo de melanoma ao alterar geneticamente os glóbulos brancos do sangue dos pacientes, induzindo as células a atacar os tumores. O caso é considerado o primeiro sucesso significativo no uso de terapia genética contra o câncer.
Os pacientes parecem livres da doença, passados dois anos da intervenção experimental, mas o procedimento não é uma cura garantida: quinze outras vítimas de melanoma não foram salvas pela terapia. Por isso, o Instituto Nacional do Câncer (NCI) dos EUA está tentando reforçar o procedimento.
A despeito disso, especialistas alegam que o trabalho, divulgado em artigo da revista Science, é um avanço importante: uma terapia genética capaz de combater o câncer já em estado avançado, quando o mal se encontra espalhado pelo corpo.
O instituto espera começar em breve a testar a técnica contra tipos de câncer mais comuns que o melanoma, como o de mama e do cólon.
Os médicos não são capazes de prever as perspectivas dos dois homens salvos no longo prazo: o melanoma, a forma mais agressiva do câncer de pele, é conhecido por retornar anos depois de parecer ter sido curado. "Estou curado por agora", disse Mark Origer, 53 anos, após um check-up no NCI.
A abordagem ainda é experimental, e vai requerer anos de pesquisas. "Este é um primeiro passo", adverte o médico Len Lichtenfeld, da Sociedade Americana do Câncer.
No tratamento, glóbulos brancos caçam germes e outros tecidos estranhos ao corpo. Porém, mesmo para eles, as células de câncer são muito parecidas com células saudáveis.
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