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A Bolsa de Valores de Hong Kong caiu 6,34% na segunda-feira (24), atingindo o nível mais baixo desde 2009. Xangai e Shenzhen perderam cerca de 2%. Trata-se de uma reação econômica à convenção comunista, que garantiu a efetivação do terceiro mandato do ditador e chefe do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping.
No domingo (23), Xi apresentou uma equipe composta inteiramente de apoiadores, demonstrando o desejo de controle absoluto do poder. Investidores estrangeiros temem o fortalecimento de medidas consideradas negativas para o setor privado e para o consumo, que vão da política de Covid Zero à regulação das empresas de tecnologia.
As ações de teconologia foram as que mais caíram: Alibaba caiu 12%, Tencent 11,4% e Meituan 14%. Após uma queda de 9,7% na segunda-feira, o índice Hang Seng Tech subiu 4% na terça-feira (25) ao meio-dia (horário local).
Nem mesmo o anúncio do crescimento do terceiro trimestre, de 3,9% - um pouco acima das expectativas dos economistas - foi suficiente para reverter a situação.
“Isso reflete a decepção pós-convenção com as mudanças de liderança. Parece que não há pessoas com muita experiência na gestão da economia. Mas acho que é uma reação exagerada do mercado", disse Dan Wang, economista-chefe da China no Hang Seng Bank, com sede em Hong Kong.
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