Berlim Os trabalhadores ferroviários alemães retomaram suas atividades normais ontem após a greve mais longa da história do setor no país, mas já há ameaças de uma nova paralisação, alertou o vice-presidente da Comissão Européia.
A greve do sindicato dos maquinistas de trem, o minoritário GDL, que durante dois dias atingiu passageiros e durante três afetou o transporte de mercadorias, foi oficialmente encerrada às 2 horas locais. Apesar da suspensão da greve, no entanto, a central sindical deu um ultimato à direção do serviço ferroviário público alemão: uma oferta deve ser apresentada antes da próxima segunda-feira, sob pena de uma nova paralisação, que poderia ter início sem previsão para terminar.
O sindicato GDL informou que a greve foi apoiada por 6,2 mil dos 20 mil maquinistas em atividade na Deutsche Bahn (companhia ferroviária estatal alemã). A organização, que é o primeiro sindicato de trabalhadores da Alemanha, fundado em 1867, exige um convênio coletivo exclusivo e um aumento de salários de 31%.
A Deutsche Bahn rechaça a reivindicação e até agora ofereceu uma contraproposta de apenas 10% de aumento e uma bonificação única de 2 mil euros (cerca de 2,9 mil dólares) pelas horas extra trabalhadas em 2007.