Bo Xilai (ao microfone) é julgado na China| Foto: Reuters/China Central Television (CCTV)/Reprodução

O primeiro dia de julgamento do ex-dirigente chinês Bo Xilai por corrupção, desvio de verbas e abuso de poder terminou nesta quinta-feira (22) em um tribunal da cidade de Jinan.

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A audiência, segundo determinou o presidente do tribunal, Wang Xuguan, recomeçará amanhã às 8h30 locais (22h30 de quinta-feira no horário de Brasília).

Na primeira jornada do julgamento, Bo rejeitou as duas acusações de suborno contra ele: de ter recebido propina dos empresários Tang Xiaolin e Xu Ming, ambos de Dalian, cidade onde o ex-líder foi prefeito.

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Bo teria ganho aproximadamente 20 milhões de iuanes (US$ 3,2 milhões) de Xu Ming e cerca de US$ 800.000 de Tang.

O ex-político também desqualificou o testemunho contra ele feito por sua esposa, Gu Kailai, e afirmou que suas declarações foram "ridículas".

A folha de acusações também inclui ter se apropriado de cinco milhões de iuanes (aproximadamente US$ 800.000 dólares) de fundos públicos para um projeto confidencial, e abuso de poder entre 1999 e 2006 como prefeito e secretário-geral do Partido Comunista na cidade de Dalian e como ministro do Comércio.

Além disso, entre janeiro e fevereiro de 2012 teria cometido uma série de atos de abuso de poder como secretário-geral do Partido Comunista da cidade de Chongqing após ser informado sobre as suspeitas de que sua mulher teria assassinado o empresário britânico Neil Heywood.

Em fevereiro de 2012, o braço direito de Bo, Wang Lijun, que cumpre quinze anos de prisão por sua participação no caso, detonou o maior escândalo político na China em décadas ao buscar asilo em um consulado americano e revelar o envolvimento de Gu na morte do empresário, atribuída até então ao excesso de bebida.

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Bo foi cassado em março e Gu, julgada em agosto do ano passado, foi sentenciada à morte, com a possibilidade da pena ser reduzida para prisão perpétua.