A destruição de estradas no terremoto que atingiu no sábado a região central da China dificulta o acesso de equipes de resgate a áreas remotas da província de Sichuan. Ontem, segundo dia de buscas, o número de mortos subiu para 181, e 24 pessoas estão desaparecidos, segundo a mídia estatal. Além disso, o tremor deixou 11,5 mil feridos, quase mil em estado grave, numa repetição em menor escala da tragédia de cinco anos atrás, na mesma região.
Mais de 18 mil pessoas, entre militares e civis, participam das buscas e do atendimento às vítimas. Cerca de 1,3 mil tremores secundários ocorreram após o terremoto, causando deslizamentos e dificultando o resgate. Algumas equipes tiveram de seguir a pé até áreas isoladas.
Foi o caso de distritos da cidade de Yaan, epicentro do tremor. Com 1,5 milhão de habitantes, a cidade é conhecida como a terra dos pandas gigantes e por estar em uma região de forte atividade sismológica.
O tremor de terra atingiu o local às 8h02 de sábado no horário de Pequim (21h02 de sexta-feira no horário de Brasília), segundo a rede central de monitoramento de terremotos da China. O maior dos tremores secundários registrados após o terremoto teve magnitude 5,8.
Resgate
O presidente chinês, Xi Jinping, ordenou que tropas do Exército se deslocassem ao local para empregar "todo o esforço possível" no resgate das vítimas e para ajudar no tratamento dos feridos.
O primeiro-ministro, Li Keqiang, chegou a Yaan de helicóptero às 18 horas de ontem, no horário local, e pediu às equipes de resgate que trabalhassem com rapidez. À agência de notícias chinesa Xinhuan, Keqiang disse durante o voo para Sichuan que as primeiras 24 horas de resgate eram as mais importantes, "o tempo de ouro para salvar vidas".
Em maio de 2005, cerca de 87 mil pessoas morreram vítimas de um terremoto também na província de Sichuan. Desta vez, o governo chinês agiu rápido, determinado a ser mais eficiente.
O premiê Li Keqiang passou o domingo vistoriando os trabalhos.