Análise
Força de abalos não aumentou
Folhapress
Especialistas do Brasil e dos EUA afirmam que os fortes terremotos deste ano não representam aumento nem de frequência nem de intensidade. Para eles, a maior atenção ao assunto se dá pelo fato de os abalos terem ocorrido em áreas populosas. "Os terremotos não estão mais frequentes, as médias a longo prazo seguem constantes, diz Don Blakeman, geofísico do Serviço Geológico dos EUA. "Os terremotos estão acontecendo em lugares diferentes, placas diferentes, concorda o professor Lucas Vieira Barros, do Observatório Sismológico da UnB. O professor destaca que o aumento global da população leva as pessoas cada vez mais para perto de fontes sísmicas.
Um forte terremoto que atingiu comunidades pobres de maioria tibetana na China, no sul da província de Qinghai, matou pelo menos 589 pessoas. O tremor de 6,9 graus derrubou casas e escolas e deixou vítimas presas entre os escombros. Pelo menos 10 mil pessoas se feriram, informou a tevê estatal chinesa. Na manhã ontem, pelo horário local, o aeroporto da cidade de Yushu foi reaberto e chegou a primeira equipe de resgate da capital da província, Xining, que fica a 860 quilômetros da região mais atingida. Dezenas de milhares de pessoas em Yushu, que tem 70 mil habitantes, estão desabrigadas.
Tropas da paramilitar Polícia Armada do Povo e outros encarregados tentavam ontem à noite resgatar pessoas dos escombros na cidade de Jiegu, a 50 quilômetros do epicentro do terremoto. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que o terremoto mais forte teve 6,9 graus de intensidade e ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros.
"Quase todas as casas de madeira e barro desabaram. Tinha tanta poeira no ar que não conseguíamos ver nada", disse Ren Yu, gerente do Yushu Hotel em Jiegu. O número de mortos deverá subir, uma vez que 85% das construções na região, segundo funcionários locais, foram destruídas.
O terremoto de 6,9 graus ocorreu pouco antes das 8 h (hora local) de ontem, balançando a sede da prefeitura de Yushu, parte da província de Qinghai, perto do limite do planalto tibetano.
O terremoto também derrubou dormitórios e outros prédios em Qinghai e prédios da Escola Primária de Yushu, onde 22 estudantes morreram.
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